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domingo, 19 de dezembro de 2010

Gralha Azul valoriza linguagens atuais

Caderno G

18 de dezembro de 2010Bruno Tetto/Divulgação / Vida premiou Ranieri Gonzalez como melhor ator e Rodrigo Ferrarini como coadjuvante

Teatro

Gralha Azul valoriza linguagens atuais

Favorito, Vida concentrou cinco dos 14 troféus em disputa, inclusive melhor espetáculo

Publicado em 18/12/2010 | Luciana Romagnolli

Enquanto se discute os rumos do Troféu Gralha Azul, e se o modelo atual não estaria limitando a principal premiação paranaense a uma função menos relevante no cenário teatral, sem reconhecer outras linguagens além das estabelecidas décadas atrás, a 31.ª edição fugiu da lógica recente, ao menos em parte. Premiou com cinco estatuetas o espetáculo Vida, da Cia. Brasileira de Teatro, na cerimônia realizada no Guairinha, na última quarta-feira.

Escolhido melhor espetáculo do ano, Vida é extremamente atual tanto pela dramaturgia fragmentada, que se sustenta em diálogos imperfeitos em vez de apresentar uma história convencional, quanto pela encenação, que põe os atores em cena atendendo pelos próprios nomes. Causa algum estranhamento, mas do tipo que amplia as possibilidades do que o teatro pode ser, e sempre com a preocupação de estabelecer um encontro genuíno com o público.

Marcio Abreu, nunca antes vencedor do Gralha Azul, saiu também com os troféus de melhor diretor e autor – no caso, de um texto original criado a partir da obra de Paulo Leminski. E a peça faturou as duas categorias de interpretação masculina.

A mais concorrida, a de melhor ator, premiou Ranieri Gonzalez. Ainda que fique difícil distinguir principais de coajuvantes na montagem, de fato Ranieri se destaca ao protagonizar um momento arrebatador – de vestido e salto alto, canta ao microfone um lamento sentido, diante da plateia que fica emudecia – e outro no qual se despe ao máximo das convenções dramáticas para apresentar casualmente as tatuagens que carrega no corpo. Como coadjuvante, o agraciado foi Rodrigo Ferrarini.

A premiação lembrou de dois outros espetáculos ao eleger as mulheres: a bailarina e atriz Juliana Adur, por Coração de Congelador – excluído da disputa a melhor espetáculo por muito pouco –, e Maureen Miranda, coadjuvante em Os Invisíveis.

Favoritismo

É cedo ainda, no entanto, para concluir que o Gralha Azul se abriu definitivamente às novas ideias. A concentração de prêmios em Vida confirma, antes, que o troféu não ignorou o favoritismo da montagem, já consagrada nacionalmente como destaque do Festival de Curitiba e com o Prêmio Bravo! de melhor espetáculo do ano. Será interessante acompanhar os resultados das próximas edições, sobretudo quando não houver um favorito tão evidente.

Por outro lado, a estatueta dada ao diretor Alexandre França como revelação, por Habitué, também destoa, em certa medida, de resultados das edições anteriores, por ousadias na maneira de tratar o tempo, o espaço, a luz e a presença da personagem de Maia Piva, espécie de consciência do protagonista.

Crianças

Entre os infantis, o Gralha Azul opunha principalmente Sobrevoar, da Cia. do Abração, e Lendas Japonesas, do Grupo Camelo. Este – uma história de contornos tradicionais sobre a mitologia nipônica, encenada com apuro visual e soluções simples que transportam para novos ambientes – ficou com os dois prêmios mais importantes: melhor espetáculo para crianças e direção, de Pretto.

Sobrevoar, indicada em cinco categorias, levou o Gralha Azul de melhor cenário. Assim como Metaformose – Reflexões de um Herói Que Não Quer Virar Pedra, do Grupo Delírio, que concorria a igual número de troféus, inclusive o de melhor espetáculo, saiu apenas com o de melhor iluminação, entregue a Beto Bruel.

Premiados

Nove espetáculos foram contemplados pelo 31º Traoféu Gralha Azul

Vida - Melhor espetáculo, direção (Marcio Abreu), texto original (Marcio Abreu), ator (Ranieri Gonzalez) e ator coadjuvante (Rodrigo Ferrarini). Troféu Epidauro concedido pelo Consulado da Grécia entre os espetáculos do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Lendas Japonesas - Melhor espetáculo para crianças, direção de espetáculo para crianças (Pretto).

Coração de Congelador - Atriz (Juliana Adur).

Os Invisíveis - Atriz coadjuvante (Maureen Miranda).

Metaformose – Reflexões de Um Herói Que Não Quer Virar Pedra - Iluminação (Beto Bruel).

M.M.M. – A Montanha do Meio do Mundo - Sonoplastia (Edith Camargo).

Mentira - Figurino (Paulo Vinícius).

Sobrevoar - Cenário (Marcelo Scalzo e Blas Torres).

Habitué - Revelação (Alexandre França: diretor).

Prêmio Especial - Manoel Kobachuk Filho.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Habitué ganha o Troféu Gralha Azul na categoria revelação/ direção

Confira o vídeo do momento da entrega

domingo, 21 de novembro de 2010

Habitué recebe quatro indicações ao Troféu Gralha Azul



A peça Habitué recebeu quatro indicações ao Troféu Gralha Azul de 2010.
Entre elas:

- melhor ator, Otávio Linhares,
- melhor atriz coadjuvante, Maia Piva,
- melhor texto, Alexandre França
- e revelação (direção), Alexandre França.

A premiação acontece no dia 15 de dezembro às 20h30 no Auditório Salvador de Ferrante (Guairinha), com Entrada Franca.

Confira aqui a lista completa de indicados

http://www.tguaira.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=423

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Crítica do site Curitiba Cultura sobre a peça Habitué

Papo cabeça saindo da Habitué


(Palmas)

Gostei, achei legal. LEGAL? é... essa coisa do sujeito conversando com ele mesmo, como isso toma forma. COMO VC PERCEBEU QUEM ERA QUEM? achei evidente pela atuação da iluminação sobre os personagens, pela presença de apenas um copo, que sempre ficava com a parte física da estória – o Otavio Linhares. E A PARTE NÃO FÍSICA, O QUE ERA? a parte não física era a consciência, o imaginário, as vozes que povoam esse imaginário. palavras que li no programa, antes de assistir a peça. E VC ACREDITOU NISSO? sim, acreditei. foi isso que vi no palco. E PQ ESSA CONSCIÊNCIA FOI ENCENADA POR UMA MULHER? poutz... bom... também segundo o programa são quatro vozes interpretadas pela Maia Piva: uma é a ex-mulher, a outra a namorada puta e a outra não percebi claramente, mas suponho que seja da filha dele. Ainda falta a masculina, que é o superego – interpretei assim pelo fato de sempre estar questionando, se impondo, jogando verdades na cara do otário. OTÁRIO MESMO, O QUE ELE FEZ COM A FILHA É LAMENTÁVEL... MAS ESSE SUPEREGO ERA UM BÊBADO ESTÚPIDO, NÉ? também achei. mas era sincero. o sobretudo nele me reforça essa impressão.CUIDADO PARA NÃO BATER NA PESSOA. O DEGRAU, DEGRAU... VC AINDA NÃO RESPONDEU O PQ DA MULHER... então, acho q reforça a questão feminina, num sei... E AQUELA PARTE QUE TIRA O BRINCO? SACOU? Não muito... EU ACHO QUE É UMA FORMA DE DAR ADEUS! pode ser... NÃO ACHOU UM POUCO MONÓTONO? não, acho que o ritmo é bom, a coisa é meio letárgica mesmo – o fim de um bêbado -, e existem os rompantes que elevam a tensão. E O ISQUEIRO? O isqueiro essa coisa de tentar, da repetição – que também é bastante usada nas falas - tipo sei lá, o eterno retorno, mas sobretudo uma coisa sem gás, sem chama. IH, OLHA, ELA VAI FALAR:

- E aí, gostou da peça?

http://www.curitibacultura.com.br/blogs/teatro/papo-cabeca-saindo-da-habitue

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Crítica da Gazeta do Povo sobre a peça Habitué

Caderno G

Terça-feira, 28/09/2010

Divulgação / Habitué discute confronto de um homem (Otávio Linhares) com sua consciência, vivida por Maia Piva
Habitué discute confronto de um homem (Otávio Linhares) com sua consciência, vivida por Maia Piva

opinião

Conversas de bêbado

Publicado em 28/09/2010 | Luciana Romagnolli

Habitué teve uma trajetória curiosa desde que foi escrita por Alexandre França até chegar ao palco do Mini-Guaíra, onde encerrou temporada no domingo, sob a direção do curitibano.

A peça passou por uma transformação, influenciada pelas leituras que o autor fez de dramaturgos contemporâneos, orientadas pelo diretor Roberto Alvim nas atividades do Núcleo de Dramaturgia do Sesi Paraná.

O que antes eram dois personagens a papear no bar, entre garrafas de cerveja, foi repensado como o encontro de um ho­­mem com sua consciência. E essa mudança é apenas uma das ideias de Alvim absorvidas pela obra de França.

A encenação contraria convenções teatrais básicas: deixa a atriz Maia Piva por longo tempo de costas para o público e oculta seu rosto sob uma iluminação mínima até as vésperas do fim. A atmosfera de penumbra, vale lembrar, é característica das mais marcantes na estética do Club Noir, a companhia de Alvim.

Da maneira como essas quebras de regras são feitas por Alexandre França, elas servem para tornar indefinida a identidade da personagem de Maia – por vezes escondida (fundida) detrás do ator Otávio Linhares – e sugerir, sem nomear, que ela representa a consciência dele. Enfim, fazem sentido dentro do que o espetáculo propõe.

Outra escolha um pouco mais ousada do diretor curitibano diz respeito ao uso do espaço e do tempo em Habituê. Volta e meia, Linhares sai de cena, criando momentos de espera. Vai ao banheiro, busca outra garrafa. E o espectador desfruta o silêncio e a ausência, percebendo o ritmo lento e cotidiano da ação.

São experiências como essas, repensando a cena a partir das propostas da peça, que tornam a montagem interessante. E elas poderiam ir mais longe. Por exemplo: se a movimentação de Maia pelo palco é toda planejada de forma a causar estranhamento e condizer com seu papel em relação ao personagem de Linhares, também a voz e o corpo da atriz poderiam ser trabalhados para atingir um estado alterado, próprio da consciência e distinto do ser humano.

O texto faz isso, em alguma medida. Incorpora em sua estrutura o modo próprio do homem se relacionar com sua mente, o que inclui embates, repetições obsessivas e pensamentos circulares. E se refere à personagem de Maia ora no masculino, ora no feminino, uma vez que a consciência abarca os dois gêneros.

Como fez antes em peças como Gina ou em Final do Mês, França se volta novamente para personagens solitários, dependentes e deprimidos que, como na primeira citada, só se comunicam com os outros por telefone.

No caso de Habitué, apresenta um rico decadente e bêbado, contumaz frequentador de bares, de onde evita as relações familiares e as responsabilidades, enquanto se ilude com a nova namorada.

Mais ou menos definido esse universo de interesse do autor, nada favoreceria mais suas obras do que o esforço contínuo de se distanciar do senso comum e encontrar um olhar mais pessoal e singular sobre essas pessoas e sua maneira de se relacionar com o mundo.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

De 9 a 26 de setembro no Mini Guaíra - Habitué

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Habitué - Estréia dia 9 de setembro no Mini Guaíra



Sinopse da peça “Habitué”

Uma mesa de bar, um copo americano e uma mente perturbada. Estes são os principais elementos que compõem a atmosfera da peça “Habitué” que estréia dia 9 de setembro no Mini Auditório do Teatro Guaíra. Num tempo indefinido, um homem conversa, de uma forma quase esquizofrênica, com vozes que habitam inadvertidamente a sua cabeça e, ao tentar reconstruir a sua trajetória, é tragado por um turbilhão de questões morais mal resolvidas. No elenco, Otávio Linhares faz um quarentão solitário que busca na bebida um refúgio diante de um mundo infestado pela mediocridade e pelo tédio das horas. Seu objetivo maior é fugir a todo custo da rotina imposta pela sociedade. Seu maior medo é de acabar como o seu Paulo, o dono do bar que ele freqüenta: inválido e com uma doença terminal. Maia Piva faz a consciência deste alcoólatra. No espetáculo, a atriz chega a interpretar até quatro tipos de vozes diferentes. Um amigo, uma amante, a ex-mulher e a filha.

Ficha Técnica

Habitué

Com Otávio Linhares e Maia Piva
Texto e Direção: Alexandre França
Luz: Karol Gubert
Cenário e figurino: o grupo
Fotos: Olívia D’Agnoluzzo
Realização: Dezoito Zero Um – Companhia de Teatro

Serviço



Habitué



Local: Mini Guaíra - Auditório Glauco Flores de Sá Brito
Rua Aminthas de Barros, s/nº
80060-200 - Curitiba - Paraná - Brasil
Fone: 41- 3047900



De 9 à 26 setembro

Quinta à sábado às 21h00

E domingo às 19h00



Ingressos
R$ 10,00 e R$ 5,00 (meia entrada)

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Habitué - Estréia dia 9 de setembro no Mini Guaíra


Foto: Olívia D'Agnoluzzo

com Otávio Linhares e Maia Piva
Texto e Direção: Alexandre França

segunda-feira, 19 de abril de 2010

A dramaturgia de Alexandre França no Festival de Curitiba

Do site Paranashop

“Utilizando-se de estratégias dramatúrgicas extremamente inventivas, a obra de AlexandreFrança vem se tornando, por sua originalidade e prospecção, uma referência na criação teatral contemporânea em Curitiba”. É desta forma que o dramaturgo e diretor carioca, radicado em São Paulo, Roberto Alvim, fala sobre a obra do artista curitibano.

Com dois textos no Festival de Curitiba (uma montagem e uma leitura dramática), um deles escrito no Núcleo de Dramaturgia SESI/ PARANÁ e que participa da mostra promovida pela instituição, França vem ganhando destaque na cena local com sua dramaturgia.

Elogiado por profissionais como Marcelo Marchioro e Claudete Pereira Jorge, Alexandre revela ter dado um salto em sua obra depois da participação do Núcleo de Dramaturgia “senti que poderia ir muito além do naturalismo no qual estava enterrado”, diz o dramaturgo.

Os dois textos, “(você)” e “Gina”, apesar de seguirem diferentes caminhos de linguagem, pegam como ponto de partida um indivíduo de classe média e seguem a linha psicológica de alguns dos trabalhos de França, como “Um Idiota de Presente”.

Em “(você)”, dirigida por Nina Rosa Sá para a mostra de dramaturgia, seis atores representam a cabeça de um indivíduo que há tempos não sai da frente da televisão. A platéia é convidada a entrar em sua mente para desvendar o que acontece a sua volta. Em meio a tanta informação se escondem segredos e neuroses que podem definir o destino da personagem.

Já na montagem “Gina”, que estréia no Festival na próxima terça, dia 23, uma senhora no auge de seus cinquenta anos, se apaixona pelos namorados da filha de vinte, e, por meio deste sentimento, acaba construindo universos imaginários, onde as relações humanas adquirem um aspecto distorcido.

SERVIÇO

GINA

Com Maia Piva
Texto e Direção: Alexandre França

dias 23/03 - 15:00,
24/03 - 21:00,
25/03 - 18:00,
26/03 - 21:00
- Teatro da Caixa -
R$ 10,00 (inteira) / R$ 5,00 (
meia)

(VOCÊ)

Texto: Alexandre França
Direção: Nina Rosa Sá

dias 23/03 - 15:00,
24/03 - 18:00
Teatro José Maria Santos
Entrada Gratuita

sexta-feira, 5 de março de 2010

Gina no Festival de Curitiba

APAREÇAM!


Clique na imagem para ampliá-la.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Gina e (você)

Em dose dulpa no Festival de Curitiba!



Dois textos meus serão apresentados no Festival de Curitiba deste ano. A montagem Gina, que será apresentada no Teatro da Caixa, com interpretação da maravilhosa atriz Maia Piva, e o texto (você) que ganha leitura dramática com direção da talentosíssima Nina Rosa Sá, na 1º Mostra SESI de Dramaturgia. Os ingressos para o festival já estão a venda. Mais informações no http://www.festivaldecuritiba.com.br.

Gina

Gina, uma senhora no auge de seus cinquenta anos, se apaixona pelos namorados da filha de vinte, e, por meio deste sentimento, acaba construindo universos imaginários, onde as relações humanas adquirem um aspecto distorcido.

Com Maia Piva
Texto e Direção: Alexandre França

dias 23/03 - 15:00,
24/03 - 21:00,
25/03 - 18:00,
26/03 - 21:00
- Teatro da Caixa -
R$ 10,00 (inteira) / R$ 5,00 (meia)
mais info no site www.dezoitozeroum.blogspot.com

(você)

Um homem, várias vozes. É a partir deste mote que a peça "(você)" se desenrola. Seis atores representam a cabeça de um indivíduo que há tempos não sai da frente da televisão. A plateia é convidada a entrar em sua mente para desvendar o que acontece a sua volta. Em meio a tanta informação se escondem segredos e neuroses que podem definir o destino da personagem.

Texto: Alexandre França
Direção: Nina Rosa Sá

dias 23/03 - 15:00,
24/03 - 18:00
Teatro José Maria Santos
Entrada Gratuita

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Gina no Festival de Curitiba


Confira as datas e horários da peça Gina a ser realizada no Teatro da Caixa no Festival de Curitiba

Gina

Teatro da CAIXA 23/03/2010 - 15:00
Teatro da CAIXA 24/03/2010 - 21:00
Teatro da CAIXA 25/03/2010 - 18:00
Teatro da CAIXA 26/03/2010 - 21:00